A respiração bucal é frequentemente negligenciada, mas devemos manter atenção a esse tema. Nosso objetivo é ajudar você a entender melhor essa condição e encontrar soluções eficazes para melhorar a sua saúde..

Idealmente a respiração deve ocorrer pelo nariz, onde o ar é filtrado, umidificado e aquecido antes de chegar aos pulmões. No entanto, algumas pessoas podem manter a respiração pela boca. Embora ocasionalmente respirar pela boca não seja um problema, a respiração bucal crônica pode trazer consequências negativas significativas em crianças e adultos. As principais causas citadas na literatura são hipertrofia da adenóide, desvio de septo, rinite alérgica, hábitos respiratórios adquiridos ao longo do tempo, entre outros.

Além de utilizar a boca para respirar, a obstrução nasal pode trazer ainda consequências como os distúrbios respiratórios do sono, aumento das infecções respiratórias, otites e também provocar um desequilíbrio anatômico e funcional craniofacial.

A respiração bucal traz modificações significativas das estruturas orofaciais, sendo que as características musculares e funcionais mais encontradas são modificações alterações na postura da mandíbula, lábios e língua, déficit na função mastigatória, na deglutição e na fala.

Em relação às alterações dentárias e esqueléticas o aumento vertical do terço inferior da face e alterações na oclusão dentária como a mordida cruzada são frequentes, esse desequilíbrio pode trazer consequências importantes para o desenvolvimento e crescimento craniofacial em diferentes faixas etárias.

A avaliação e o tratamento médico precoce é fundamental para amenizar as sequelas. Nesse processo de avaliação o ortodontista irá diagnosticar a presença de alterações dentoesqueléticas e o fonoaudiólogo especialista em motricidade orofacial irá identificar as alterações musculares e funcionais. Com esse olhar multiprofissional um tratamento individualizado será traçado para restabelecer a respiração nasal.